A caravana da autoridade: como avançar em meio ao ruído.
- Ana Julia Almeida
- 22 de mai.
- 2 min de leitura
"A caravana passa e os cães ladram."
Essa frase, que muita gente adora repetir sem refletir, diz mais sobre posicionamento do que qualquer e-book sobre engajamento. Ela fala sobre foco. Sobre seguir adiante enquanto a borda do caminho se enche de latidos: opiniões não solicitadas, críticas vazias, mimetismos baratos, e um exército de especialistas em nada tentando parecer autoridade em tudo.
Quem tenta crescer no LinkedIn conhece bem essa sinfonia canina. A cada post que viraliza, vem a patrulha do "isso não é profissional", os guardiões do feed alheio, os replicadores de críticas com voz de superioridade, mas sem um case de verdade pra apresentar. E o que é pior: tem gente que se intimida com isso. Recuam. Se podam. Acham que estão exagerando quando, na verdade, estão apenas aparecendo.
Enquanto uns reclamam do algoritmo, outros estudam o mercado. Enquanto uns copiam posts em massa, outros desenvolvem uma voz autêntica. Enquanto uns se especializam em explicar porque você não vai dar certo, outros estão dando certo em silêncio, com consistência e profundidade.
O que diferencia quem fala de autoridade e quem sustenta autoridade é simples:
Conteúdo com verdade: não é sobre lacrar no feed, é sobre fazer quem importa parar pra pensar. A pessoa certa reconhece a sua verdade.
Posicionamento claro: não dá pra agradar todo mundo e ser lembrado ao mesmo tempo. Quem tenta abraçar o mundo, acaba perdido no meio da multidão.
Estratégia: autoridade sem intenção é só ego com postagens aleatórias. Saber onde quer chegar muda completamente o rumo.
Consistência: não adianta brilhar uma vez e sumir. A caravana é feita de quem bota o pé no chão e segue, mesmo quando ninguém está olhando.
Quer um exemplo real? Eu já fui aquela que criava para os outros e esquecia de criar para mim. Que fazia as marcas decolarem e achava que bastava isso. Que tinha posicionamento, mas escondia o rosto. Até que percebi: autoridade não é algo que se terceiriza. Ela é resultado de se bancar. De ser sua melhor marca. De construir com mão firme e vozerio próprio.
Hoje, quando olho para trás, vejo que os momentos de maior crescimento não vieram dos aplausos. Vieram da capacidade de continuar quando os latidos eram altos. Quando era mais fácil recuar. Mas eu segui. E sigo.
Porque a autoridade não precisa se defender. Ela não se justifica. Ela entrega, se posiciona e caminha.
A caravana não espera quem só reclama.
E você? Vai continuar latindo...ou vai finalmente caminhar?
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